Monday, December 8
Às vezes de Noite... Digo adeus.
Wednesday, December 3
Could it be a true love story? – The end [of the story]
Wednesday, November 26
Could it be a love story VI – He
Ela observava-o, e a ele isso agradava – porque não se limitava a observar passivamente. Calmamente, ele ia procurando os desejos, os toques, as formas que a enlouqueceriam. Decidiu-se acima de tudo a dar-lhe prazer. A dança decorria sem pressas, ambos descobrindo-se mutuamente num prazer que não procurava amanhãs nem porquês.
Como num sonho em que se acorda a meio porque se tem de ir beber água, ela foi atender o telefone que tocava (pelos vistos, de forma insistente). Mas, tal como tantas vezes desejamos quando o sonho é bom, ela voltou e o sonho retomou-se no ponto onde se tinha interrompido. E assim ela se veio, de forma algo discreta, mas com um sorriso extasiante (e extasiado). E ele sorriu, contente pelo orgasmo dela.
Esquiva, ela nada prometeu. E ele, ficou com a única resposta que poderia ouvir naquele momento.
Antes que começasse a pensar se aquele seria o último momento em que estavam juntos, ele vestiu-se e tentou começar a pensar imediatamente no que tinha para fazer em seguida.
Despediram-se com um “até logo” (aliás, dois, um de cada), que de certa forma ajudou-o a não pensar na hipótese daquela ser a derradeira despedida.
Já na rua, decidiu-se a pensar principalmente nas coisas que tinha combinadas. Mas sabia que aqueles momentos tinham deixado uma marca indelével. “Será esta a sensação de viver o momento apenas pelo momento, sem misturar passados e futuros?”
Saturday, November 22
Could it be a love story VI – She
Deixou-o entrar dentro de si. Desejosa de o sentir puxou-o para cima do seu corpo. Pediu-lhe para ser meigo. Não por achar que ele não o seria, mas porque tinha receio que a magoasse sem saber. Ela era demasiado sensível em certas partes do corpo. Estava excitadíssima. Mesmo assim demorou algum tempo para ter coragem de o aceitar. Devagar, foram sentindo a mistura do prazer. O respirar dela, os gemidos de ambos.
Ela sentiu-o entrar carinhosamente. Sentiu milhares de borboletas e abelhas dentro do peito. O cérebro começou a dar voltas em espiral. Era tão maravilhoso senti-lo daquela forma. Trocaram de posição (gostava de o observar bem enquanto se movia).
Provocou-o. Provou-o. Cativou-o. Ele respondeu-lhe enlouquecendo-a. Maravilhando-a.
Num acto de "quero mais" (ou de falta de consciência).... Ele decidiu refazer-lhe o convite para Barcelona. Ela sentiu-se emocionada naquele momento. Disse-lhe que não, e mais tarde quando ele o repetiu, disse-lhe que talvez. Mostrou-se intrigada com essa possibilidade. Não esperava aceitar tal convite. Era perigoso demais fazê-lo. Estava feliz demais com AQUELE momento. Não queria pensar num futuro que talvez não viesse a existir – vive o presente – pensava... Então continuou no presente e parou de pensar nesse convite.
Estiveram num ritual dinâmico e amoroso durante algum tempo. Extasiados nem repararam que o telemóvel dela não parava de tocar. Acordou daquele sonho. Num impulso, chegou à realidade. Era a sua irmã... Tinha combinado estar com ela ao fim da tarde. Também ele estava atrasado para um ensaio com os amigos. Perderam-se um no outro e nas teias que teciam. Desejavam continuar naquele encantamento mas, mais uma vez, o tempo mostrou-se pouco meigo.
Beijaram-se. Fizeram sexo com desejo. Ele levou-a ao clímax de uma forma maravilhosa. Trocaram carícias ternas. Vestiram-se.
Os corpos ainda queimavam de prazer. Despediram-se à porta de casa. Ela não quis acompanhá-lo até ao carro (seria criar uma agonia desnecessária). Ele também detestava despedidas. Beijou-a nos lábios e nas faces (ainda quentes).
– Até logo, guapa!
Virou-se para ir embora. Ela (querendo-o mais uma vez) puxou-o pela mão contra o seu corpo e deu-lhe mais um beijo.
– Até logo. – Respondeu-lhe.
Mesmo sabendo que talvez não existisse um mais logo com ele.
Foi tudo tão rápido. Tão intenso...
Seguiu em frente com a sua vida. Um jantar com os amigos, uns copos no Bairro Alto. Ficou com um sabor doce nos lábios, um prazer imenso no corpo, um sorriso tolo na cara, que era impossível não se notar.
Ali, naqueles precisos momentos, foi muito feliz!
>>> To be continued...
Monday, November 17
Could it be a love story V – He
Dois olhares que se tocaram
V
He
Já nus, dirigiram-se para a cama. Ela ia à frente, e a visão traseira do corpo dela deixou-o ainda mais excitado. Gostava de senti-la a tomar a iniciativa.
Ela estava receosa e inibida, e ele também algo nervoso pela emoção da primeira vez, mas decidiu que queria explorar aquele corpo delicioso que se lhe apresentava. Controlou-se para não se centrar nos seus seios – muito a custo, pois a sua forma perfeita, a textura suave e os mamilos saborosos deixavam-no semi-louco – e iniciou uma primeira exploração pelo seu corpo. Com os lábios, roçou-lhe a pele e percorreu-a calmamente, encontrando os seus pontos mais sensíveis. Começou a notar que alguns tremores dela já não eram de nervosismo.
Beijou-lhe um pé; sentiu que ela gostou, mas achou por bem não deixar para já evidenciar a sua tara. A sua língua subiu pelas pernas dela, até encontrar o ponto em que sabia que ela se iria entregar. Aí, sentiu o seu sabor doce pela primeira vez, e fê-la substituir os tremores nervosos por estertores de prazer.
Estava húmida, como que a preparar-se para que ele entrasse nela.
Decidiu assumir o comando das operações, e isso agradou-lhe; ele gostava destas inversões de papéis.
Então foi ela que lhe beijou o peito – que ele receava que não a fosse atrair, em virtude dos pêlos – e chegou ao seu sexo. Depois de alguns momentos de inibição da parte dela, tornou-se mais decidida. Isso excitou-o, e notou que isso também contribuía para a excitação dela.Ela queria que ele entrasse. Dentro dela. Ela esperava-o, ansiosa para que ele entrasse. Ele não se iria fazer rogado a semelhante convite.
[Lu Romero]
>>> To be continued...
Friday, November 7
Could it be a love story V – She
Caminharam nus de mãos dadas. Caíram sobre a cama. Entregaram-se. Foram cedendo à súplica permanente de dois corpos que se desejavam loucamente.
Ele começou a percorrer cada pedaço da sua pele. Os lábios foram descobrindo o sabor, a textura, o calor de cada pedaço mais secreto dela.
Beijou-a com lábios de pétalas de rosa. Pareceu-lhe emocionado, encantado com aquele momento (se bem que, também, bastante nervoso). Apesar de muitas vezes se guiar por instintos animalescos (queria o corpo dela, todo na sua essência!)... Demonstrava mais que esse desejo físico, desejava também a alma que o habitava.
Ela estava nervosa (muito trémula). Tinha o corpo quente, sedento dele. No entanto, retraiu-se várias vezes. Sentia o coração explodir de tanto palpitar. Tinha medo de não conseguir devolver-lhe a magia que ele lhe incitava.
Ele beijou-lhe os pés e foi desenhando o caminho até à testa dela. Foi alucinando-a, com mãos hesitantes entre atrevidas e meigas. Tocou-lhe também com curiosidade.
Ela tornou-se mais desinibida e trocou carícias de júbilo! Ele fascinou-a pela forma maravilhosa de cativar todos os seus sentidos. Excitou-se com os seus gemidos de prazer, ele punha-a ainda mais louca ao deixar que se notasse, também, o corpo dele a contorcer-se de desejo.
Beijou-o nos lábios, mostrou-lhe um sorriso maroto de "quero-te" – dentro de mim– e puxou-o.
Percorreu as linhas que marcavam aquele tronco apetecível. Mordiscou-lhe os mamilos e rodeou várias partes com a língua. Foi deslizando, circundando o seu corpo. Mimou o sexo dele, bastante envergonhada, inicialmente. Mas depressa se aventurou a beijá-lo, lambê-lo também.
Trocaram de papéis, várias vezes – dominadora, dominada; dominador, dominado). Era deliciosa aquela sensação.
[Ana Nogs]
>>> To be continued...
Wednesday, October 29
Coud it be a love story? IV – He
IV
He
Um almoço familiar – uma boa forma de debelar a ressaca. Expectante, mas não ansioso, pela tarde que se avizinhava, voou para Lisboa no seu Peugeot.
Ela estava algo nervosa. Ele também, mas tentava dissimular. De certa forma, este encontro deixava-o mais tenso do que o do dia anterior. Pelo menos, um dia antes não tinha nada a perder se o encontro não corresse bem. Desta vez, havia uma magia que se tinha criado e que não sabia se seria igual.
Optou pela sua costumeira abordagem: a brincadeira. A melhor forma que conhecia para dissimular nervosismo e insegurança.
Não sabia o que ia acontecer. Receoso de que a ideia dela sobre aquele encontro fosse diferente da dele, optou por ser cauteloso. Mas a verdade é que o desejo o estava a deixar louco.
Quando ela lhe disse que se ia descalçar, ele sentiu um arrepio forte na espinha. A sua tara por pés seria descoberta, certamente.
Os pés dela eram lindos! Egípcios, tal como ele imaginava – tinha desenvolvido esta capacidade de imaginar a forma dos pés a partir das mãos, e ainda se deleitava quando acertava (e ainda mais quando era agradavelmente surpreendido).
Ainda meio abananado, ela pediu-lhe para escolher música. Em cheio, é coisa que ele adora fazer (na casa dos outros). O Rodrigo Leão pareceu ser para ela uma boa escolha (“Boa, rapaz, marcaste um ponto!”).
Beijaram-se e ele voltou a sentir aquela magia do dia anterior. Ela demonstrava um desejo intenso, mas logo em seguida parecia retrair-se, receosa. Ao mesmo tempo que isto o baralhava ainda mais, também o espicaçava e lhe dava mais vontade de tocar-lhe e de sentir o seu corpo nu junto ao dele.
Num misto de tesão e vergonha, ela entregava-se e tremia com o toque dele em zonas ainda por descobrir, para logo a seguir voltar a cobrir-se com a camisola que ele paulatinamente procurava afastar.
Sem conseguir resistir muito mais, tocou-lhe nos pés. Ela estremeceu, mas muito rapidamente se notou que gostava. A ele, claro que o excitava loucamente, mas já não conseguia raciocinar de forma muito clara. Queria-a, ali, naquele momento, já, toda.
A língua dela deixava-o fremente de prazer, de tão suave e quente. A pele dela, arrepiada de prazer, e ao mesmo tempo com um toque acetinado irresistível, pedia-lhe para que lhe tocasse. Obediente, ele procurava desbravar todo aquele território com a plenitude dos seus sentimentos: o sabor dela, o cheiro dela, o toque dela.
Não ia resistir muito mais. Como se ouvisse os gritos de desejo dele, de que apenas tinha conseguido emitir uma ínfima parte sob a forma de gemidos suaves, ela ajudou-o a despi-la.
[Lu Romero]
>>> To be continued...