Saturday, November 22

Could it be a love story VI – She

Dois olhares que se tocaram

VI

She


Deixou-o entrar dentro de si. Desejosa de o sentir puxou-o para cima do seu corpo. Pediu-lhe para ser meigo. Não por achar que ele não o seria, mas porque tinha receio que a magoasse sem saber. Ela era demasiado sensível em certas partes do corpo. Estava excitadíssima. Mesmo assim demorou algum tempo para ter coragem de o aceitar. Devagar, foram sentindo a mistura do prazer. O respirar dela, os gemidos de ambos.

Ela sentiu-o entrar carinhosamente. Sentiu milhares de borboletas e abelhas dentro do peito. O cérebro começou a dar voltas em espiral. Era tão maravilhoso senti-lo daquela forma. Trocaram de posição (gostava de o observar bem enquanto se movia).

Provocou-o. Provou-o. Cativou-o. Ele respondeu-lhe enlouquecendo-a. Maravilhando-a.
Num acto de "quero mais" (ou de falta de consciência).... Ele decidiu refazer-lhe o convite para Barcelona. Ela sentiu-se emocionada naquele momento. Disse-lhe que não, e mais tarde quando ele o repetiu, disse-lhe que talvez. Mostrou-se intrigada com essa possibilidade. Não esperava aceitar tal convite. Era perigoso demais fazê-lo. Estava feliz demais com AQUELE momento. Não queria pensar num futuro que talvez não viesse a existir – vive o presente – pensava... Então continuou no presente e parou de pensar nesse convite.

Estiveram num ritual dinâmico e amoroso durante algum tempo. Extasiados nem repararam que o telemóvel dela não parava de tocar. Acordou daquele sonho. Num impulso, chegou à realidade. Era a sua irmã... Tinha combinado estar com ela ao fim da tarde. Também ele estava atrasado para um ensaio com os amigos. Perderam-se um no outro e nas teias que teciam. Desejavam continuar naquele encantamento mas, mais uma vez, o tempo mostrou-se pouco meigo.
Beijaram-se. Fizeram sexo com desejo. Ele levou-a ao clímax de uma forma maravilhosa. Trocaram carícias ternas. Vestiram-se.

Os corpos ainda queimavam de prazer. Despediram-se à porta de casa. Ela não quis acompanhá-lo até ao carro (seria criar uma agonia desnecessária). Ele também detestava despedidas. Beijou-a nos lábios e nas faces (ainda quentes).
– Até logo, guapa!
Virou-se para ir embora. Ela (querendo-o mais uma vez) puxou-o pela mão contra o seu corpo e deu-lhe mais um beijo.
– Até logo. – Respondeu-lhe.
Mesmo sabendo que talvez não existisse um mais logo com ele.

Foi tudo tão rápido. Tão intenso...
Seguiu em frente com a sua vida. Um jantar com os amigos, uns copos no Bairro Alto. Ficou com um sabor doce nos lábios, um prazer imenso no corpo, um sorriso tolo na cara, que era impossível não se notar.
Ali, naqueles precisos momentos, foi muito feliz!

Olhou para trás e pensou: Quem diria? A felicidade por vezes vem mesmo em busca de nós.


[Ana Nogs]

>>> To be continued...

6 comments:

Å®t Øf £övë said...

Nogs,
Quando duas pessoas se perdem uma na outra, é sinal de momento de plena felicidade e satisfação. Por isso há que saber aproveitá-lo, e prolongá-lo o mais possível.
Beijinhos.

nOgS said...

Concordo contigo, Art, e não querendo estragar-te o final da história (que no fundo acaba por não ser um final...) foi isso mesmo que fizemos.


BeijOOO

Thiago Forrest Gump said...

E ainda tinha dúvidas?

:D

nOgS said...

Ainda hoje as tem, Thiago.

BeijOOO

Mαğΐα said...

A felicidade vem em busca de nós se nós acreditarmos nela!

Å®t Øf £övë said...

Nogs,
Hoje deixo-te aqui os meus votos de um bom fds, de preferência cheio de sol e passado à beira-mar.
Beijinhos.