Tuesday, September 30

Could it be a love story? III – She

Pic by by aknacer

Dois olhares que se tocaram

III

She

A noite mostrou-se doce quando chegou. Não sabia se pelo seu sorriso ou se pelo brilho do seu olhar... Estava iluminada pela entrega desejada por dois lábios que se uniram. Foi desenhada pelas linhas que marcavam a junção de dois corpos que se ansiavam.

Ele arrancou da praia à qual chamava praia microondas.... Quem se lembraria de colocar esse nome a um local como aquele? Fez uma quase dissertação para lhe explicar o porquê desse nome.

Ela sorriu escutando atentamente aquela explicação que quase lhe pareceu ridícula, mas que até fazia bastante sentido. Ele falava com tanta convicção que a fez acreditar que não existiria um nome mais certo para lhe atribuir.

A viagem foi extremamente agradável, foi mais que isso e tanto mais...

Trocavam olhares cúmplices e carícias deliciosas. O olhar dela derretia-se, enquanto ele tentava fixar os olhos na estrada. Era magnífica aquela sensação tranquila de felicidade inesperada.

De quando em quando, ele lançava-lhe aquele olhar penetrante e acariciava-lhe as mãos num tom carinhoso. Ela acariciava-lhe o rosto e o pescoço e dava-lhe leves beijos onde chegava. Teve o tempo necessário para acalmar o seu peito e o observar calmamente. Era lindo, sedutor, maravilhoso e tinha algo único que a atraía profundamente.

Chegaram. O bar onde a pensava levar estava fechado. Tudo era novo – para ela – naquele espaço em que se envolveram.

Passearam de mãos dadas. Quem os visse partilhar aqueles momentos facilmente os confundiria com um casal apaixonado... Mas a realidade era totalmente diferente. Eram duas pessoas fascinadas com o momento que partilhavam. Não existia um antes nem se preocupavam em pensar num depois (pelo menos para já). Desejavam-se, indiscutivelmente, cada vez mais.

Ficaste com algo de mim e eu guardei parte de ti – pensou ela.

Entraram num restaurante/bar lá perto. Beberam mais uma cerveja – desta vez optaram ambos por preta – enquanto conversavam. O desejo estava patente nos olhos de qualquer um deles. Mas tinham uma tranquilidade que quase parecia estranha. Trocaram carinhos e alguns beijos inocentes.

Quando saíram, ela caminhava mais à frente. Num impulso do momento olhou para trás... Queria tanto beijá-lo de novo! Ele brincou com a situação dizendo que não ia fugir. Abraçaram-se de novo. Olharam por segundos a paisagem linda que também a noite lhes tinha oferecido... E o tempo, invejoso de tais momentos, decidiu farpá-los de novo com um toque de realidade.

Despediram-se por essa noite, com a promessa de um encontro amanhã.

[Ana Nogs]

>>> To be continued...

Tuesday, September 23

Coud it be a love story? II – He

Pic by Firenzesca

Dois olhares que se tocaram

II

He

Ele estava louco para tocar-lhe, já desde o almoço, em que o decrescente estado de tensão dela lhe tinha desvelado uma mulher, com uma maturidade e uma sensibilidade absolutamente arrebatadoras. Agora que o momento se concretizava, ele queria que tudo fosse perfeito. E estava a ser: a boca dela que procurava a forma como ele gostava de ser beijado, as línguas que se entendiam como se estivessem apenas à espera de se encostarem para iniciar aquela dança (por vezes frenética, por vezes numa calma busca do prazer do outro). E as mãos dela, tímidas mas voluntariosas, que demonstravam querer explorar o corpo dele, para descobrir outros interruptores para aqueles gemidos de desejo que não conseguia deixar de emitir.

As várias dimensões dela – frágil, sedutora, tímida, dominadora, dominada – projectavam uma imagem multidimensional que o encantava. Tal como ele sempre adorou, permitia-lhe assumir o papel de líder para logo em seguida passar a liderado, num jogo de permanente troca de perfis que só ajudava a tornar aqueles momentos ainda mais especiais.

Sentia um desejo intensíssimo, enriquecido pelo facto de não se turvar com questões sobre quanto tempo iria durar aquela felicidade – era aquele momento que interessava.

Os corpos revelavam aquilo que ambos pretendiam controlar, por esta ou aquela razão. Os arrepios eram consecutivos, à medida que as mãos e os lábios dela descobriam mais uma forma de o enlouquecer de desejo. Ele queria também descobrir tudo nela, e as suas mãos pareciam, instintivamente, saber o que faziam. Os sorrisos, o cheiro, os tremores e os subtis gemidos dela mostravam-lhe alguns dos (preciosos) paraísos que o seu corpo abrigava.

Desejava-a intensamente, mas queria descobrir o seu corpo duma forma plena e rica, incompatível com o espaço exíguo de um carro. Por isso, e com uma tranquilidade algo surpreendente – talvez apoiada numa crença forte de que aqueles momentos seriam brevemente retomados –, ele parou e seguiram viagem. Para mais um copo, antes dos compromissos dele nessa noite. Mas iniciaram também uma viagem a dois que estava longe de terminar nesse dia.

[Lu Romero]

>>> To be continued...

Friday, September 19

Could it be a love story? II – She


Dois olhares que se tocaram

II

She


Abriram os olhos e descobriram-se de novo. Ela estudava cada milímetro da sua cara, tentando conhecer melhor aquelas expressões. Adorava a expressividade dele! Durante o almoço tinha sorrido várias vezes com as suas facetas engraçadas.

Fazia bolas de ar enquanto explicava ou contava algo com entusiasmo. Era extremamente amoroso e, ao mesmo tempo, peculiar. Usava as mãos, os olhos, os lábios, todo o corpo se movia enquanto falava.

Achava tão sensual a forma única de se relacionar com ela. Mesmo antes de se beijarem o seu corpo já vibrava e suplicava para ser tocado. Ele tinha razão em relação ao desejo... Queria-o intensamente, verdadeiramente. Entregou-se.

Quando a noite os envolveu com uma panóplia de estrelas, já estavam rendidos ao desejo que ambos transpiravam. Estava frio. O vento gelava-lhe as faces rosadas de excitação. Era uma sensação que gostava!

Caminharam em direcção ao carro. Desta vez abraçados. Com troca de sorrisos, de olhares penetrantes, de carícias inocentes e até mesmo beijos extasiantes (como também ele os descreveu)... Foi curioso, ela não tinha medo do amanhã. Notou que sentia tudo diferente quando estava com ele. Descobriu, sem saber imediatamente, uma nova forma de felicidade...

Felicidade incondicional sem pensar se iria ou não acabar. Ele disse-lhe o quanto adorava o seu sorriso. Ela corava constantemente e deixava-se guiar pelas sensações. Era muito tímida, por vezes, outras era descaradamente sedutora. "Que menina louca", devia pensar ele, "parecem duas dentro de uma" (hummm... Um ménage à trois com uma só pessoa).


Já estavam há algum tempo dentro do carro. Completamente envolvidos, libertavam sorrisos ou suspiros de prazer. As palavras eram menos frequentes, mas o silêncio era também cúmplice daquela entrega mútua.

Silêncio. Ele era tão, tão fascinante! As expressões do seu olhar eram tão profundas, sinceras. Parecia-lhe extasiado, também ela viajava enquanto ele lhe tocava. Sentia um desejo impetuoso de o ter. Os seus lábios percorreram-lhe as veias até à loucura. Aquele espaço parecia pequeno para tanto desejo, no entanto queria-o mais, mais. Bruscamente, foi ele que saltou do banco do condutor para partilhar aquele onde ela estava. Chamam-lhe o banco/lugar do morto... Mas se existia algo inquestionável isso seriam as vibrações de vida/energia que ali se tocavam. A cumplicidade aumentava. Além das borboletas – será que ele se lembra delas? – que sentia no estômago, agora também palpitava de prazer.

Beijou-o de diferentes formas, ritmos e percorreu cada parte do seu rosto com os lábios. Fez-lhe leves carícias. Ao início sem se aventurar...

Posteriormente, levada pelo desejo, percorreu o pescoço dele com a língua quente de prazer, num movimento que a levava em direcção a um dos seus lóbulos. Ele demonstrava fisicamente o quanto também ansiava tocá-la e ser tocado em todos os sentidos. Discretamente foi descobrindo a sua pele. Primeiro acariciou-lhe as costas, depois expandiu aos poucos os seus movimentos. Ela mostrou-se mais recatada, de início... Não queria mostrar que desejava tocá-lo intensamente. Mas os corpos já se arqueavam, suplicando por mais. Sentiu um dedo, depois outro...

Acariciando um dos seus seios, mas de uma forma tão leve e subtil que quase parecia um sopro. Foi deliciosa a forma como eles foram descobrindo algumas partes do corpo de cada um. Sem pressa, sem pressões... Mas cobertos de palpitações.

Hummm... Ele tocou-lhe mais abaixo na linha que envolve a cintura. Ops! Sentiu a mão dele em contacto com o seu fio dental amarelo. Corou. O que terá ele pensado naquele momento? Deixaram fluir as emoções até... A realidade lhes bater à porta. Tinham que ir. Ele já tinha planos marcados para aquela noite. Ela só queria estar com ele. Pela primeira vez pensou que poderia não o tornar a ver. Pela primeira vez pensou, "foi tão bom pelo que foi" e não pelo que "poderá vir a ser".


[Ana Nogs]


>>> To be continued...

Thursday, September 11

Could it be a love story? I – He

Pic by achfoo

Dois olhares que se tocaram


I


He


Ele estava nervoso. Mas não tanto como esperaria. Estaria mais insensível? Estaria mais equilibrado? Ou seria pura dopagem?

Ela chegou visivelmente nervosa. Muito. Ele decidiu então que teria de ser o contrabalanço, para que o encontro não fosse um foco de ansiedade e não se viesse a saldar numa absoluta frustração. Afinal, o que tinha ele a perder? Bem, para começar, a oportunidade de conhecer alguém que se poderia vir a revelar especial. Depois... bem, quanto ao resto tudo era incerto, pelo que decidiu apostar na continuidade do desafio.

Quando viu as mãos (extremamente) trémulas dela, que acendia um cigarro após outro, pensou na regra de ouro para lidar com pessoas nervosas: não dizer "tem calma!".

Os planos do almoço passavam pela sua mente, mas já não com a ansiedade com que há algum tempo antecipava todo e qualquer momento que fosse viver. Aliás, foi com a maior das tranquilidades que alterou o local onde iam almoçar: impetuosamente, decidiu o Meco. O Atlântico e o sol seriam companheiros ideais para este encontro.

O sorriso dela ao ver a praia revelou-lhe que ele tinha feito uma boa escolha. Sentiu-se orgulhoso, para além de um prazer imenso que o invadiu ao ver aquele sorriso.

Tinha-o impressionado ver as costas perfeitas dela logo que chegou perto dele e as expôs ao seu olhar perscrutante. Mas o sorriso dela desarmou-o e fê-lo derreter-se um pouco por dentro.

Num caminho mais íngreme, ela prontamente aceitou a mão dele para a apoiar. Mais um momento que teria despertado mil e duas sirenes há um tempo atrás na cabeça dele, mas que agora encarou com uma tranquilidade surpreendente.

Um almoço partilhado, regado a cerveja (ela com aquela coisa chamada Green… bleargh…) e digerido com a ajuda de uns cigarros — ela continuava a fumar nervosamente, mas a mão estava substancialmente menos trémula.

– Vamos conhecer outra praia?

Ele pensava na praia de Alfarim, num copo no Bar do Peixe. Mas, mais uma vez numa decisão totalmente impetuosa, decidiu ir matar saudades da praia micro-ondas.

“Só por alguns momentos, pois com aqueles saltos, ela não vai conseguir ir até ao areal”, pensou ele.

Surpresa! Foi ela mesmo a tomar a iniciativa, e mais uma vez a aceitar a mão dele que se propunha ajudá-la a superar aquele caminho íngreme.

O pôr-do-sol começava a desenhar-se no horizonte, belo como só o Meco pode oferecer. Pela cabeça, passaram-lhe as dezenas de ocasos já por ele presenciados naquelas praias. Já tinha acompanhado aquele mesmo sol para além daquela mesma linha do horizonte com lágrimas, com sorrisos, com gargalhadas, com músicas, com silêncios, com solidão, com companhia. Agora, ei-lo de volta ao país que amava, a uma praia que o encantava, com um pôr-do-sol que sempre o fascinou. Mas desta vez, com uma companhia que o surpreendia não só pela pessoa que era, mas também pela pessoa que o fazia ser.

A ondulação e a subida da maré quase os obrigou a agarrarem-se para caminharem lado a lado. Não pareceu uma obrigação, mas apenas um corolário para os momentos de magia que aconteceram antes, quando ambos trocavam nada mais que palavras.

Ele sentiu o chamado “momento da verdade” quando se sentaram nas rochas a apreciar o mar e a despedirem-se do sol desse dia. Queria beijá-la, mas — como sempre — não sabia como fazê-lo. Calou-se, evitando o seu customeiro hábito de dizer coisas estúpidas nestas situações. Ela, inquieta, parecia compreender que os movimentos corporais dele eram de desejo de proximidade do corpo dela. E conscientemente, o seu corpo anuiu ao pedido que ele fazia calado. Um beijo na face esquerda. O arrepio na espinha quase o toldou, mas decidiu responder com um braço em volta dela. E as bocas uniram-se, da forma que se avizinhava já como inevitável.

Os beijos dela eram doces, suaves, e a sua boca acolhia-o como se os lábios e a língua dele fossem já há muito esperados.

O sol, impassível, deslocava-se para terras mais ocidentais, enquanto eles procuravam o norte de um e de outro, com toques subtis que se misturavam, quase não permitindo ver quais os que agradavam mais a um e a outro.

E aí, mesmo no escuro que tinha ocupado o lugar do sol, ela ofereceu-lhe mais um daqueles sorrisos arrasadores. Ele sorriu também.

[Lu Romero]


>>> To be continued...

Tuesday, September 9

Could it be a love story? I – She


Pic by aknacer

Dois olhares que se tocaram

I

She

Ela nunca imaginou que seria assim conhecê-lo... Todo ele emanava uma luz forte, intensa, que a embriagava plenamente.

Observou os seus olhos com curiosidade, pois saltavam deles leves sorrisos de doçura. As suas mãos tremiam de tanto nervosismo, esperava há tanto aquele momento e, no entanto, estivera quase para desistir... (Desistir?!) Sim, desistir. Assaltava-a um medo imenso de não corresponder à imagem que ele pretendia. E ela, será que gostaria de o conhecer melhor?

Desconcentrava-a o facto de ele parecer tão descontraído (mais tarde ele também lhe explicou o porquê da sua aparente tranquilidade), quase lhe parecia indiferente à sua presença... Apeteceu-lhe fugir nesse momento.

Mas seria imensa a humilhação de desistir naquele momento. E, de qualquer forma, sentia-se cada vez mais impregnada pelos seus olhos, pelo desejo de o conhecer melhor. Olhos de fogo, os dele!

Deixou-se levar pelas conversas que se encadeavam umas nas outras e pela curiosidade mútua que sentiam de se conhecerem melhor. Olhava fixamente os seus lábios enquanto ele a fazia sorrir com o que dizia. Mais uma vez se viu ser surpresa pela sua escolha... Às vezes parecia que a conhecia desde sempre. Aquele local... O cheiro do mar que ela tanto adorava, a mistura da humidade com a sua pele, o vento a

acariciar-lhe o cabelo, a música que o som das ondas do mar libertavam... Que ambiente maravilhoso para o conhecer. Que tarde de sonho! Que loucura!

As horas passaram sem que se apercebessem disso, olhavam para o mar depois do almoço e mais uns quantos cigarros (ela fumava que nem uma louca, não conseguia controlar a felicidade e/ou ansiedade)... Partiram para uma outra praia e, enquanto o tempo passava, sentia uma vontade cada vez mais crescente de o ter. Desafiou-o para irem ver o mar mais perto, ele sorriu com um ar doce e disse: Achas que consegues?

Ela corou.. Mas começou imediatamente a andar sobre as pedras em direcção ao mar e disse-lhe: Se me desequilibrar posso segurar-me a ti.

Aqueles saltos altos, finos e frágeis não se enquadravam naquele itinerário, mas não foi isso que a fez desistir e ficar para trás. Talvez tenha sido esse o melhor acaso do dia! Sim, foi devido ao seu ar desastrado a andar que teve o primeiro contacto com o seu corpo.

Agarrou-lhe a mão com ternura como se o único objectivo fosse não cair.

Mas a verdade é que adorou o facto de poder ter uma desculpa para se aproximar.

Era tão forte, tão mágica a sensação que tinha estando com ele ao seu lado. Olhos nos olhos, perdeu-se no seu olhar...

Apressou o passo em direcção ao areal pequeno que se escondia num canto da praia, olhou para as ondas e viajou durante breves instantes. Quando olhou de novo, ele continuava ao seu lado. As ondas aproximavam-se e reduziam a passagem.

Correram em direcção às pedras, mas desta vez abraçados em breves momentos. Sentiu todos os seus sentidos em completa confusão.

Decidiram sentar-se a contemplar a paisagem magnífica que os rodeava. Ele estava praticamente em silêncio, ela falava nem sabia bem de quê... O olhar perdido dele nesse final de tarde era encantador.

Qualquer sereia que saísse de uma história fantástica, ou rompesse daquele mar imenso, se sentiria atraída pela sua doçura. O feitiço iria inverter-se... Seria ela quem ficaria encantada com a sua voz, os seus gestos, as seus olhos e até pelo seu silêncio.

Era impossível resistir a alguém como ele, era impossível resistir-lhe!

Aquele pôr-do-sol ficou marcado no seu olhar, os seus olhos brilham cada vez que viaja ao encontro de momentos tão intensos.

Tudo nele era fascinante. Perdeu-se ao seu lado contemplando aqueles lábios deliciosos. Pareciam-lhe pedaços de espuma, de morangos, de melancia... Deu-lhe um beijo na face esquerda, a sua pele era aveludada e macia. Queria tanto beijá-lo! Mais e mais... Mas não sabia se devia. Não sabia se ele também o desejava tanto como ela.

Percebeu finalmente o porquê do seu silêncio.

Pensaram no mesmo. Cruzaram os olhares. Desejavam-se mutuamente em silêncio.

Beijou-o ou deixou que a beijasse? Não interessa.

Importa sim a magia daquele momento. Momento em que sentira os seus lábios entregarem-se sem medo, cheios de emoção, cobertos de desejo.

Coraram os dois (pelo menos por dentro). Sorriram e abraçaram-se, envolveram-se um no outro.

Os seus beijos eram magníficos. Nunca eram monótonos nem iguais. Às vezes sabiam a algodão doce, outras a pimenta. Ora eram suaves como uma fita de cetim, ora selvagens como raios fulminantes de sol.

Eram tão diferentes, mas faziam uma combinação fantástica enquanto estavam juntos. Beijaram-se até o sol se esconder.

Abraçaram-se, misturaram-se mesmo no meio da escuridão.

[Ana Nogs]

>>> To be continued...

Tuesday, September 2

Às Vezes de Noite... Até já...


Às Vezes de Noite existem sonhos que se tornam reais, lagartas que se transformam em borboletas, imagens que ganham vida e almas que se tocam como que por magia...


... Da utopia nasceu o sonho, do sonho a ilusão, na ilusão voltou o sonho, do sonho chegou o despertar e depois de mil voltas na cama, outros mil passos num turbilhão, chegou a razão.

E ela num canal directo ao coração fez da utopia que foi sonho, do sonho que foi ilusão, da ilusão que foi sonho, do turbilhão que chegou à razão, da razão que deu a mão ao coração... A realidade vinda da ficção.


Chegou a hora de me despedir do Às Vezes de Noite, mas não sem antes publicar uma história que esteve no culminar do seu nascimento.

Até já...

Pics by Amelia Photography