Friday, May 25

Noite(s)


Preencho os dias com tarefas
na esperança de chegar cansada
à noite...
E não sentir a sua falta.

Noite cruel
que me lembra a sua ausência.
Nenhum corpo,
nenhuma alma
ficara marcada tão fortemente
em mim.

E, em cada palavra,
cada gesto
que me magoa
prometo a mim mesma afastar-me...

Mas, mesmo assim,
a sua doce voz acompanha-me
tal como os gestos de ternura
e paixão que me ofereceu.

Tudo o que me deu
me fez feliz,
tudo o que não poderá dar
me entristece.

E...

A real felicidade,
criada nessa utopia,
Enfraquece-me na hora
de me despedir
não me deixando ir...

Pic by_noriascoop

6 comments:

Brain said...

Ana,

Vim até aqui para agradecer a tua visita e palavras deixadas no meu espaço, e... deparei-me com este belo trio!

Adorei os teus espaços.

Vou voltar.

Beijo.

sonhadora said...

esporeavam éguas no meu sangue...era o amor.
Beijinhos embrulhados em abraços

Brain said...

Ana,

Quanto à questão que me colocaste,
Digo-te que será porventura até mais fácil.

A questão,
A verdadeira questão,
É que,
Ao contrário do pensamento,
Os sentimentos,
Muitas das vezes,
Nós é que não os queremos
VERDADEIRAMENTE domar!

Concordas?

Beijo.

Um Poema said...

Ana,

Obrigado pela visita e por me indicares o caminho até aos teus espaços.

Aproveito para te alertar para a alteração da hora da apresentação do livro do António Paiva.

Um abraço

impulsos said...

Há passados que permanecem para todo o sempre entranhados na alma...
Mesmo que se queiram apagar
Mesmo que se queiram...
... nunca mais lembrar...
Ficam ali
Sem serem convidados
Simplesmente aparecem
Sem se deixarem expulsar.

Gostei imenso deste teu cantinho.
Agora vou espreitar os outros...

Beijo

Teresa Durães said...

estive a ler de lá de baixo até cá acima. Gostei

boa noite